Projetos

O Teatro de Brecht.


`` O homem que pela primeira vez, olhar com espanto
uma lâmpada balançando numa corda e em vez de achar isso
natural, achar muito significativo que balançasse daquela e
não de outra maneira, aproximou-se muito da compreensão do
fenômeno e da maneira de como dominá-lo. ´´

 

`` De uma critica ao teatro nasce um novo teatro´´
Brecht declara que não vem ao teatro à procura de resultados propriamente artísticos. Tem inclusive serias reservas em relação aos mesmos, da forma como são habitualmente atingidos. Seu interesse é na vida comum que os homens estabelecem entre si. Quer saber como se comportam, como tomam decisões ou vendem seus produtos, etecetera. Não o herói como centro do teatro: ele visa o estudo das classes, para um entendimento cientifico da vida social, penetrando assim de forma mais conseqüente no enredo da realidade objetiva na qual está inserido. Visa encontrar caminhos para participar do processo de transformação da realidade. Daí o seu interesse pelo teatro.

Todo esforço do teatro renovado continua a basear-se numa mesma técnica antiga, é precisamente esta técnica que será alvo de seus argumentos. Para Brecht é necessário superá-la, dialeticamente, para dar inicio a elaboração de um novo teatro. O novo teatro que Brecht propõe é justamente um teatro só para fins didáticos: fornecer modelos para o estudo dos movimentos humanos (inclusive movimentos da alma), mostrar o funcionamento das relações sociais para que a sociedade possa intervir, porem sem afastar do seu teatro a idéia de divertimento. Para Brecht quaisquer exigências ou concessões que façamos ao teatro para, além disto, significa apenas que estamos menosprezando os seus objetivos específicos.
``Um teatro do qual não se pode rir, é um teatro do qual não se deve rir´´.                              
Gente sem humor é ridícula". 

Afirma que aqueles que pretendem mostrar o mundo de tal maneira que o homem possa dominá-lo devem começar por não falar em arte, não se submetem às leis da arte, não tentarem fazer obras de arte. Pois a arte aprisiona. Busca simplesmente, preservar e incentivar a capacidade de reflexões da assistência.
Não  podemos então ao que resultar deste trabalho, dar outro nome, digamos então: teatro. 
Em sua critica da POÉTICA de Aristóteles, encontram-se algumas colocações esclarecedoras sobre uma das questões que, através dos anos, ocupam o centro da reflexão teórica de Brecht, dramaturgia que intitula` não aristotélica. Brecht considera a dramaturgia aristotélica não apenas as obras gregas clássicas, mas toda a dramaturgia que se fundamenta no principio da identificação da assistência com a personagem representada pelo ator.
As imitações de ações que provocam medo e piedade devem suscitar a catarse na assistência, através de um ato psicológico particular, a identificação. Mas adverte não negar a utilidade dos efeitos aristotélicos, é importante indicar seus limites
Sua proposta parece a muitos o elogio da razão e a condenação do instinto do homem, porem, busca integrar essas aparentes oposições, retomando criticamente as inesgotáveis possibilidades do homem. Nada disso deve ser confundido com frieza ou ausência de verdade e calor humano.
Para Brecht a catarse não pode nunca ter como fundamento uma atitude de perfeita liberdade, uma atitude critica, onde o espectador buscaria soluções concretas para suas dificuldades. É preciso descartar a convicção de que a condição básica para o desfrute do prazer estético é o afastamento do estado de lucidez, como se esse prazer só fosse possível em estado de ``embriaguez´´ emocional.

`` Devemos sempre ter diante de nossos olhos personagens que sejam condutores dos seus atos´´
Brecht vai ainda mais longe: acusado de ser excessivamente superficial para os políticos e excessivamente monótono para os artistas, o naturalismo acabou se transformando em realismo. Que pretendeu ser mais natural que o naturalismo. O teatro precisa esconder que é teatro, atribuindo à representação à máscara da verdade e realidade. Na verdade, o realismo, é simplesmente um naturalismo não natural. 
Um dos pilares da sua nova postura artística, será a observação. Brecht insiste que é extremamente importante que o ator em cena demonstre que tem absoluta consciência de que esta sendo observado. Em 1935 assiste a um espetáculo com um ator chinês (Opera de Pequim), cuja técnica de representação`distanciada´, o que teve influencia decisiva na elaboração de seu pensamento teórico.
``... o ator não representava como se existisse uma quarta parede, nega a ilusão típica do teatro europeu e demonstra plena consciência de estar sendo assistido´´.

Segundo Brecht, para produzir o efeito do distanciamento, o ator deve por de lado tudo que havia aprendido antes para provocar na assistência um estado de empatia. Alem de não tentar induzir a assistência a qualquer tipo de transe, e o ator também não deve colocar-se em transe. Em momento algum o ator deve transformar-se completamente na sua personagem, o ator deve apenas mostrar a sua personagem, ou melhor, não deve vive-la. Há mais outra alteração que é necessário efetuar, assim como o ator não deve iludir a assistência de forma que este não o veja, mas a personagem fictícia no palco, também não deve simular que o que acontece no palco não é ensaiado, como se estivesse acontecendo pela primeira e única vez.
``Só se pode distanciar a personagem apresentada e mostrá-la como ``precisamente esta personagem´´ e como `` precisamente esta personagem, neste preciso momento´´, quando não se produz qualquer ilusão: nem de o ator ser a personagem, nem de a representação ser o acontecimento´´.

São adiantadas noções primarias sobre o seu processo de construção de personagem, que já diferem sensivelmente das propostas de Stanislavski, ainda que em determinado nível as une como etapa. Primeiro deve-se imaginar a pessoa que será imitada na cena (sendo imprescindível partir das sugestões proporcionadas pelo texto). É preciso que o ator comece a entrar na pele da personagem, assumir seu aspecto físico e assimilar sua maneira de pensar, com a condição de que, em seguida a esta etapa primeira o ator saiba sair desta pele, distanciando-se da personagem que começa a esboçar, apo tê-la compreendido.
``Nós queremos transmitir ao espectador uma idéia que temos sobre um acontecimento, não queremos criar uma ilusão´´.

Uma diferença essencial (de concepção, mas naturalmente se reflete no processo de trabalho) é que o objetivo de Stanislavski era a personagem, enquanto o de Brecht era a trama. Brecht afirma: No trabalho de encenação, Stanislavski é essencialmente ator; eu sou assencialmente autor.
Brecht continua a aprofundar-se na técnica do distanciamento, porém insiste que é necessário compreende que o teatro épico pode pretender muito mais riqueza e complexidade, mas fundamentalmente não tem nenhuma necessidade para ser um grande teatro.
Uma das formas de demonstrar esses fatos é reproduzir aqui, nas quais Brecht compara a forma dramática e a forma épica de teatro.

Forma dramática de teatro.                                                                   Forma Èpica de Teatro.
O teatro incorpora um processo                                                                 Ele narra um processo 
Envolve o espectador em uma ação                                                            Faz dele um observador         Consome sua atividade                                                                               Desperta sua atividade
Possibilita-lhe sentimentos                                                                           Força-o a tomar deisões
Transmite-lhe vivencias                                                                                 Tramiti-lhe conhecimentos        O espectador é deslocado para dentro da ação                                             Ele é contraposto a ação    Trabalha com sugestão                                                                                  Trabalha com argumento
As sensações são conservadas                                                                     São estimuladas a descoberta   O espectador identifica/convive                                                          O espectador permanece em face de O homem é pressuposto como conhecido                                          O homem é objeto de investigação
O homem é imutável                                                                          O homem é mutável e modificador
Expectativa sobre o desfecho                                                         Expectativa sobre o andamento 
Uma cena em favor de outra                                                          Cada cena por si
Os acontecimentos tem curso linear                                               Os acontecimentos tem curso em curvas
O mundo tal como ele é                                                                 O mundo como vem a ser
Seus impulsos                                                                                 Seus motivos
O que o homem deve ser                                                                O que o homem tem de ser
O pensamento determina o ser                                                        O ser social determina o pensamento
                                                                                                      
No lugar da direção dramática com objetivos definidos, entra a liberdade épica de demorar-se e repensar. Visto que o homem agente não é mais que objeto do teatro, é possível ir além dele e perguntar sobre o motivo de sua ação. Essas idéias devem ao mesmo tempo isolar e distanciar os elementos das encenações tradicionais e familiares a assistência convertendo-os em objetos épicos- cênicos, ``mostrados´´. Daí Brecht chamá-los de efeito de distanciamento.
``Necessitamos de um teatro que não proporcione somente sensações, as idéias e os impulsos que são permitidos pelo respectivo contexto histórico das relações humanas (o contexto em que as ações se realizam), mas sim, que empregue e suscite pensamentos e sentimentos que desempenhem um papel na modificação deste contexto´´.

Outro aspecto fundamental (característica revolucionaria do teatro épico): utilizar de coros, documentos projetados, canções e tantos outros recursos de interpretação e encenação, para dirigir-se, quando precisa, diretamente a assistência. Rompe uma falsa barreira e assume sua digna função, sua própria realidade de espetáculo. As cenas devem ser representadas de forma que o significado histórico, nelas encenado, seja evidenciado. E também as falas devem ser ditas de forma a sublinhar o caráter histórico de um determinado estado social.
Seu objetivo principal é a ``desmitificação´´, a revelação de que as desgrassas do homem não são eternas e sim históricas, podendo por isso ser superadas.

"Há homens que lutam um dia, e são bons.
Há homens que lutam muitos dias, e são melhores.
Há homens que lutam anos, e são excelentes.
Mas há homens que lutam toda a vida,
Estes são imprescindíveis". 


Bertolt Brecht.

A 10 de fevereiro de 1898 nasce Bertolt Eugen Friederich Brecht em Augsburg, no sul da Alemanha. Filho de Berthold Brecht (funcionário e depois diretor de uma fabrica de papel) e Sophie Brecht. Vivendo uma época de violentas crises, guerras e revoluções, foi levado a definições tão rápidas quanto à decisão de simplificar o nome.

Aluno rebelde e esperto publica em 1914 seus primeiros poemas e contos, antes mesmo de concluir o colégio. Em 1918 estudante de Medicina e mais tarde de Ciências Naturais em Munique, é mobilizado como enfermeiro no hospital militar de Augsburg.

Em 1919, volta a Munique, abandona os estudos e participa das revoltas populares de Baviera. Em 1923, já casado com a cantora Marianne Zoff, quando fracassa o golpe político de Hitler naquela cidade. Brecht figura na lista de pessoas a serem detidas em caso de êxito. Em 1924 fixa residência em Berlim, no clima voraz da inflamação pós- guerra, em meio a milhões de desempregados, aprofunda-se na doutrina marxista que lhe irá conformar a vida e o trabalho. Entre 1927 e 1928 se divorcia de Marianne Zoff para unir-se a atriz Helene Weigel. Aos trinta anos já celebre, escreve importantes notas teóricas que partem da necessidade de se dar uma nova função ao teatro.

Em 1933 havia escrito e montado quatorze peças, quando o nazismo sobe ao poder e manda queimar seus escritos. A 28 de fevereiro, dia seguinte ao incêndio, o escritor e sua família partem para o exílio, durante oito anos, até 1941.

Em 14 de agosto de 1956 Brecht morre de infarto no coração. Respeitando sua vontade não há homenagens especiais durante o sepultamento. Provavelmente a última coisa que escreveu foi a ``tabela´´, afixada no teatro quando morreu:

``Devemos seguir o ritmo dos ensaios. As réplicas não devem ser ditas com hesitação, como quem oferece o ultimo par de sapatos, mas lançadas como balas. É preciso que o publico sinta que aqui numerosos artistas estão trabalhando como uma coletividade, e que é em conjunto, em comum, que se conta ao público historias, idéias, esforços. Bom Trabalho! – Brecht.´´




APOSTILA BASICA / INTERPRETAÇÃO.

PERGUNTAS E RESPOSTAS.

O EXPLORAR DA CENA, significa descobrir no intimo uma serie de ações físicas e verbais que o ator executará em uma circunstancia especifica. Este trabalho envolve alguns problemas, mas começa logicamente com o ator achando algumas respostas especificas e não generalizadas a algumas perguntas fundamentais a respeito do personagem que irá criar e desenvolver. Ele faz as perguntas e as respostas na Primeira Pessoa porque ele deve se envolver com os problemas de sua personagem de forma artística.

 O QUE ESTOU FAZENDO?
 POR QUE ESTOU FAZENDO?
QUEM SOU?  ONDE ESTOU?
QUANDO?

Em algumas peças as respostas são dadas parcialmente e frequentemente pelo Autor, às vezes em considerável detalhe. Respostas também são dadas ou sugeridas no dialogo, no que a Personagem diz a respeito ou que os outros dizem a seu respeito. Recomendo que as respostas dadas pelo dramaturgo sejam suplementadas com detalhes adicionais pela sua imaginação e vivencia – Ator.
Estas respostas suplementares devem ser uma exceção lógica da circunstancia dada pelo Autor.

INTENÇÕES E OBSTACULOS

Fundamentalmente, interpretar onsiste em executar uma serie de ações especificas. A resposta para             
O QUE  ESTOU FAZENDO, proporciona as ações físicas que devem ser feitas durante a cena.
 Contudo, apoiando as ações, tem que ter uma razão (objetivo ou justificativa). Então a resposta para   POR QUE ESTOU FAZENDO é talvez a mais importante de todas. POR QUE ESTOU – PERSONAGEM- na cena? A palavra chave para responder esta pergunta é  
QUERER. O que eu quero conseguir? O que eu quero como resultado de minhas ações? Uma resposta especifica da ao Ator a sua intenção, a razão de estar no palco.
O conflito dramático requer que exista uma oposição a cada querer. Ou um obstáculo, uma força oposta que torna difícil alcançar seu objetivo. O obstáculo geralmente é o conflito da
Personagem. Pode ser um bloqueio psicológico dentro da Personagem. Pode ser também físico. Ou duas Personagens podem se unir contra uma força. Isto significa suspense e interesse para os atores e para o publico.
Mais três perguntas são envolvidas nisso e requerem respostas especificas.
INTENÇÃO..........................................................................................O QUE EU QUERO?                   MOTIVAÇÃO................................................................................. POR QUE EU QUERO?      OBSTACULO...................... QUE OBSTACULO DEVO SUPERAR PARA CONSEGUIR?

QUEM. AS RESPOSTAS PARA O QUE e POR QUE, e as respostas para ONDE e QUANDO são interdependentes. Nossa tendência e pensar que a personalidade de uma pessoa, o que pensa, o que é determina seu comportamento. No palco, como na vida, no entanto, a personalidade é revelada através das ações (ou comportamento) e suas razões de fazê-las, logo, o ator começa a conhecer sua personagem descobrindo o que ela FAZ e PORQUE.
PORQUE, ONDE e QUANDO afetará as ações que uma personagem escolhe para concretizar suas intenções e COMO ela os conduzirá. Algumas pessoas optam resolver as diferenças de opinião através da ação de conversar cordialmente. Outros escolhem a violência física que podem resultar em ferimentos ou até em morte. Através das épocas desentendimentos eram acertados de varias maneiras como duelos a pistolas ou espada ou lança e cavalo, etecétera.
Vejamos outros exemplos de maneiras, no qual ONDE e QUANDO determina o comportamento.
  • Uma paquera não pode ser feita em uma festa formal da maneira que seria numa praia. A permissividade da sociedade moderna permite um palavreado que era totalmente inaceitável em qualquer outro período – passado.
  • Um plano de cometer um assassinato provavelmente será discutido em cochicho, se existe o perigo de ser ouvido.
RELACIONAMENTOS DA PERSONAGEM.

A resposta de todas essas perguntas influencia o relacionamento das personagens: e a natureza do relacionamento entre as personagens, requer uma consideração meticulosa. Pode ser simples e direta. Pode ser principalmente no Teatro Psicológico, sutil e complexo. O Ator deve sempre explorar o relacionamento e, através de um estudo do texto e, através da sua própria imaginação, uma vez definido deve estar aberto à relação com o outro PERSONAGEM / ATOR – ATOR – conexão.
Isso vai determinar grande parte, como ele desempenha suas intenções, como ele comporta-se para alcançar o que quer. Considere relacionamentos diferentes entre os parceiros que
estão trabalhando em uma transação importante de negócios, influenciaria seus comportamentos e determinaria a maneira que eles tentariam realizar suas intenções.
  • Se eles estivessem em completo acordo e desfrutassem de confiança mútua.
  • Se eles estivessem em serio desacordo e desfrutassem de confiança e respeito mútuo.
  • Se um duvidasse da honestidade do outro.
  • Se um fosse admirador da inteligência e habilidade do outro.
  • Se um fosse extremamente cuidadoso, o outro afoito.
Existem varias possibilidades para relacionamento dentro da mesma situação. O Ator precisa examinar essas possibilidades e fazer escolhas que sejam coerentes com a concepção do autor e com a sua própria vivencia.
Obs. Não só a relação muda a cada momento da sua Personagem com ``Pessoas´´, mas também de momento em momento de uma mesma situação.

RELACIONAMENTOS DE OBJETOS.

Se relacionar com objetos com o qual o Ator esta envolvido em suas ações também é um dos desafios para o ator. O relacionamento consiste em reagir ao estimulo sensorial dos objetos e frequentemente consiste em dar a eles um significado dramático e particular exigido pela circunstancia. Beber um liquido, cerveja, por exemplo, envolve um numero de estímulos sensoriais como gesto, a qualidade do frasco, a temperatura, etecétera. E alem disso, a Personagem pode TER um relacionamento especifico com a cerveja. Em ``UM BONDE CHAMADO DESEJO´´, Stanley voltando do hospital onde sua mulher esta tendo seu primeiro filho, bebe cerveja como celebração, tal a emoção que acaba por derramá-la sobre o peito nu. O relacionamento e a ação se tornam uma dramatização da sensualidade de Stanley.
Objetos tornan-se importantes parceiros quando o ator atribui a eles um relacionamento significativo.

USAR AS FALAS.

O Ator pensa bastante, tanto em casa como no ensaio, sobre as falas que o autor lhe deu para falar. Ele deve pensar em suas falas como ações que o ajudará a conquistar suas intenções. O Ator precisa descobrir como ele pode usar cada fala para auxiliá-lo a conseguir o que quer e, deve considerar ambos: o significado superficial e o significado implícito, ou seja, o texto e o subtexto. No texto a fala ESTA CHOVENDO´´ é apenas uma afirmação a respeito da condição climática. Pode TER, no entanto, um numero de significados sub-textuais como:

  • Teremos que levar a festa para dentro.
  • Agora estas flores devem crescer melhor.
  • Não, você não pode sair para brincar.
  • Eu te disse para consertar o telhado.
  • Eu adoro andar na chuva, etecétera.
O ator fala o texto e fala o subtexto. E é sua responsabilidade pensar o subtexto tão claramente quanto ele fala o texto.
É geralmente no subtexto que nós encontramos a significativa dramática de uma fala.   Tratar uma fala como ação é usá-la como um meio ativo de como conquistar sua intenção e influenciar o comportamento de outros personagens geralmente negligenciado pelo aluno/ator. A intenção da fala é como um pequeno objetivo. O QUE EU QUERO ALCANÇAR AO DIZER ISSO.    
No exemplo acima, do TELHADO, a intenção pode ser: EU QUERO QUE VOCÊ VÁ JÁ CONSERTAR O TELHADO. Ou mesmo pode haver uma intenção não tão próxima do subtexto como: EU QUERO MOSTRAR PARA ELE QUE ELE NUNCA FAZ O QUE EU PÉÇO.

ACHANDO AS UNIDADES.

O Ator em cena tem objetivos que é um desejo de obter algo. Esse desejo é o que o proporciona realizar todas as suas ações. O objetivo para que se possa trabalhar mais especificamente é quebrado, em pequenos objetivos que chamaremos de intenção. Cada unidade é um passo necessário para se obter o objetivo, logo o Ator deve descobrir cada unidade. interpretá-la claramente e relacioná-la ao objetivo de cada cena. Um ponto final bem definido de cada unidade ajuda a se fazer mais claro que um passo em direção ao objetivo foi dado / conquistado. Depois do momento de transição, um novo e vigoroso ataque no começo da nova unidade indica que algo esta começando, dando a ambos – Ator e assistência, a sensação de que a cena esta se movimentando adiante. Vamos ilustrar com uma cena que chamaremos `` O ROUBO´´. O objetivo do ladrão é roubar a casa. Para conquistar esse objetivo, ele terá que realizar uma serie de intenções que, por sua vez, o faria executarem uma serie de ações especificas.

EXEMPLOS DE UNIDADES.
A – eu tenho que arrombar a casa.                                                                                                         B – eu tenho que achar o cofre.  
C – eu tenho que abrir o cofre.                                                                                                                D – eu tenho que remover o dinheiro e as jóias.                                                                                     E - eu tenho que fugir de casa.                                                                                                                                                

                                                                                                                
A SEQUENCIA DE AÇÕES FISICAS, PARA EXECUTAR CADA UMA DESSAS INTENÇÕES, É CHAMADA UNIDADE DE AÇÃO.
Para cada intenção tem que haver um obstáculo, algo que está impedindo você de conseguir o que quer. Frequentemente, os atores ignoram o obstáculo, consequentemente eliminam o conflito que é a essência da situação dramática. Nessa cena, por exemplo, alem dos obstáculos óbvios como arrombar a janela ou a porta, abrir o cofre, etecétera. Pode também existir o fator`` tempo´´.                                                                                                                                                            A - o dono pode chegar.                                                                                                                          B – a sirene pode tocar.                                                                                                                          C- como sou expert em arrombar cofres...
Ao trabalhar uma cena, o ator deve sempre achar as unidades, definir as intenções e obstáculos para cada uma. Deve também marcar o começo e o fim de cada unidade de ação em seu texto.


RESUMINDO.
A analise da cena para achar respostas para perguntas básicas, para achar as intenções, obstáculos, relacionamentos, subtextos e unidades, deve ser feita antes da encenação começar, isto é, antes dos atores começarem a trabalhar a trabalhar `` de pé´´ e, continuar durante todo o processo, se mantendo aberto às novas descobertas. Pode e deve começar com os atores trabalhando em casa, individualmente. Os primeiros ensaios devem ser para discussão e entendimento do texto. Perguntas e respostas encontradas no estudo inicial. Sem este trabalho, os atores usarão apenas e sempre seus recursos intuitivos, que nem sempre dá para depender deles e que geralmente leva-o a uma montagem de  
EMOÇÕES GENERALIZADAS.
Existem várias maneiras de se conduzir este trabalho dá mesa´´ a improvisação. No que as escolhas são feitas, o ator deve escrevê-las no texto, criando assim um GUIA para que ele possa voltar sempre que necessário e recapitular as ações especificas que ele deve fazer. O Ator deve escrever sempre a lápis, pois um estudo mais aprofundado pode levá-lo a mudar seus achados e respostas. Uma vez que a modificação para melhor e aberto também a ser influenciado pelos parceiros que lhe dão estímulos, fazendo o outro Personagem.


 
TEATRO TRANSPESSOAL.
Apresentação do Projeto:
Segundo a psicologia Transpessoal, filtrada pelo nosso pensamento, a experiência transpessoal relaciona-se a uma dimensão que ultrapassa o limite da compreensão do individuo enquanto fragmento de um meio sócio- cultural. Indica uma noção de que não se esta mais condicionado pelos ritmos, leis e tensões da vida. Levanta-se a possibilidade de um momento extratemporal em que nem o universo nem os mitos haviam sido criados ainda. Uma consciência muito alem do sonho e da vigília. Essa dimensão de pensamento abole qualquer tipo de idéia de tensão e nos coloca dentro da esfera do retorno simbólico à situação inicial. Quando a unidade primordial não havia se dispersado pela ação da criação.

Mitologia pessoal e arquétipos:
Imaginamos o indivíduo-performer participante do drama da existência como um acontecimento mitológico é um arquivo de arquétipos em potencial. É necessário proceder ao levantamento mitologia pessoal e dos arquétipos correspondente a cada um – mas que são patrimônio de toda humanidade – para facilitar uma compreensão mais ampla de si mesmo. mito e arquétipo coabitam. Por exemplo: no mito do santo que vence o dragão aparece o arquétipo do herói e do mostro interior. Um mesmo arquétipo pode se repetir em mais de um drama ou mitologia pessoal.

Rito de passagem:
A temática de um rito de passagem, por depender da vontade da pessoa a ser ritualizada, é muito variável. Poderia ser passar da adolescência para a idade adulta; desprender-se da matéria; entrar em contato com seres elementais; encontrar a beatitude da alma; exorcizar demônios interiores; profanar, sacramentar situações; morrer e renascer com outra forma ou função; simplesmente nascer; descer aos infernos e subir aos céus; obter uma revelação epifanica; encontrar com santos ou xamãs; conhecer territórios desconhecidos; experienciar a androgenia da alma, do corpo físico; visitar tempos imemoriais; encarnar um ser mitológico; vivenciar a infância ou a velhice.
Em muitos casos há uma vontade de sair de si mesmo, de transcender a situação particular, fortemente historicizada, e encontrar uma situação original trans-humana e trans-historica. Durante o processo surgem dificuldades que vão sendo naturalmente enfrentadas e superadas a favor da transformação, mudança e progresso pessoal e interpessoal. Traz novidades e soluções para as relações humanas.

Metodologia.
Dividido em quatro blocos de 60 minutos cada, trabalharemos com:

Primeiro bloco:
Conversação sobre o processo de trabalho e ações a serem desenvolvidas durante os trabalhos. Seguido de exercícios de alongamento, respiratórios e de força.

Segundo bloco:
Coleta de depoimentos à cerca da primeira infância, e caminhada do corpo morto/caminhada dos ossos.
Pausa/ reflexão: 15 minutos.

Terceiro bloco:
Exercício da mandala de energia.
Os três estados da matéria. O corpo no corpo do ator; solido, liquido e gasoso.

Quarto bloco:
Exercícios de criação de cenas/espetáculo, inspirados nos depoimentos individuais dos performances.
Conversação sobre os trabalhos do dia.

Especificações Técnicas.
O elenco deverá ser de no Maximo 20 participante, com idade superior a 18 anos de idade.
Os participantes deverão trajar roupas folgadas e surradas.
Os exercícios deverão ser filmados para posterior analise.
Será distribuído entre os participantes um formulário para levantamento da mitologia pessoal.
O espaço casa devera ser ocupado em sua totalidade, inclusive o quintal.
Os trabalhos deverão acontecer aos:
Sábados- das 16:00 às 20:00 horas,
Domingos das 10: às 16:00 horas.
Em três finais de semana.
Para o encerramento faremos uma mostra de cenas/espetáculo. Criação do próprio elenco.

Facilitador:
Al Nascimento.
DRT 10.214.


Sinopse: Curta metragem.
Original de: Al Nascimento.
Tempo: Duração de 20 minutos.
Titulo: A Vida em Preto e Branco.

Personagem Zépedra: homem com uns 50 anos de idade, branco, estatura média, cabelos curtos, trás na face uma cicatriz, olhos expressivos, anda puxando de uma perna, vive de renda incerta, fazendo pequenos trabalhos braçais em olaria de tijolos. Mora com Dna. Maravalha mãe de um casal de adolescentes filhos de um primeiro casamento. Zépedra é torcedor fanático do time do Bahia. Tem temperamento explosivo. Dependente químico/ álcool.

Personagem Dna Maravalha: mulher de Zépedra tem 38 anos de idade, mulher forte, negra, trabalha de diarista, mãe de dois adolescentes. Mora junto com a família em uma casa de dois quartos, cozinha e banheiro na Vila Celeste; comunidade sem saneamento básico. Nas horas de folga Dna. Maravalha faz bico como manicure. Muito religiosa é freqüentadora assídua da igreja local, e espera que sua vida mude por intermédio de uma intervenção Divina.

Personagem - Tutano: filho de Dna. Maravalha, 18 anos de idade, negro, gosta de jogar futebol, fuma baseado, líder do time do bairro, parou de ir à escola, para pouco em casa, tem um relacionamento difícil com a mãe e com o padrasto às vezes mantêm diálogos monossilábicos. Sonha ter um carrão e morar na cidade grande. É apaixonado pela irmã a quem protege de tudo e de todos. Passa o tempo falando ao celular.

PersonagemGracinha: garota com 14 anos de idade, branca, irmã de Tutano. Estudiosa cuida da casa na ausência da mãe, tem uma grande amiga de colégio – Rose, negra, 15 anos de idade, filha da vizinha – com quem conversa sobre assuntos de menina. Sonha conhecer Claudio José – cantor de grande sucesso - preocupa-se com as amizades de Tutano e tem medo do padrasto.

Enredo.

Casa. Int. Noite. Cozinha.
À mesa está Tutano e Gracinha.
Dna. Maravalha põe o jantar.
Em off ouve-se a voz de Zépedra que vem da rua bêbado.

Corte. Int. Noite. Casa.
Cena silenciosa.
Zépedra se junta aos outros à mesa – silencio – corte brusco de luz, Black-out.
Barulho de cadeiras, pratos e talheres.
luz de vela na mão de Dna. Maravalha que faz uma oração`` oração de Francisco de Assis´´.
Tutano esta com uma faca na mão, apreensivo.
Vê-se Gracinha que retorna do quarto, assustada.

Corte.
Mesmo ambiente. Volta a luz. Pratos servidos.
Toque do celular.  Tutano atende.
Não diz palavra. Levanta-se e sai de casa.

Corte. Ext. Noite. Laje.
Gracinha conversa com Rose – sobre o comportamento do padrasto.

Corte. Int. Dia. Casa.
Dna. Maravalha preparando-se para sair de casa para o trabalho.
Zépedra, esta deitado no sofá.
Tutano fala ao celular, de dentro do banheiro.

Corte. Ext. Tarde. Rua.
Briga entre Tutano e Zépedra.

Corte. Int. Noite. Casa.
Discussão- impotente da família.
Partida de Tutano.
Choro de Dna. Maravalha e de Gracinha.

Corte. Int. Rua. Noite. Chuva.
Tutano despede-se.
Toca o cel. Tutano atende e parte.

Corte. Ext. Tarde. Laje.
Dialogo de Rose e Gracinha.
Passagem de tempo.
Leitura de carta de Tutano.
Dna. Maravalha assiste televisão, Jornal da Manhã.
Noticias policial sobre Tutano – a casa caiu.

Corte. Int. Dia. Casa.
Discussão entre Dna. Maravalha e Zépedra.

Corte. Int. Tarde. Delegacia.
Tutano preso.
Sermão do Delegado Picopêu – o crime não compensa.

Corte. Int. Noite. Igreja.
Dna. Maravalha reza e ao final do culto pede apoio aos irmãos.

Corte. Int. Dia. Delegacia.
Delegado Picopêu, Dna. Maravalha e Gracinha.
Pagamento de fiança.
Recolhimento Tutano na Aries.
Dna. Maravalha, Gracinha e Tutano.

Corte. Ext. Tarde. Rua.
Chegada à Aries a pé.

Corte. Ext. Tarde. Panorâmica.
Cotidiano da Aries. Dependências.
Musica ao fundo – rap – tocando no celular.

Corte. Int. Tarde. Aries – Salão.
Palestra Planta. As boas vindas.
Depoimento, apresentação do chegante.

Corte. Int. Noite. Bar.
Zépedra bebe e conversa com amigos.
O Circo chegou. Bahia campeão.

Corte. Int. Noite. Igreja.
Dna. Maravalha agradece a Jesus.
E, conversa com os irmãos fiéis.

Corte. Ext. Dia. Laje.
Passagem de tempo.
Gracinha conversa com Rose.
Enquanto lê carta de Tutano.

Corte. Int. Casa. Tarde.
Dna. Maravalha deitada no sofá cochila.
Sonha com Tutano pedindo pra nascer.
Pedaços de imagens.

Corte. Int. Aries. Noite.
Tutano sonha.
Alucinação/ Delirio.

Corte. Int. Casa. Noite.
Zepedra foge de casa.
Fuga na madrugada.

Corte. Int. Aries. Tarde.
O chamado.
Tutano fala aos colegas da Casa.
Depoimento.

Corte. Int. Dia. Casa.
Dna. Maravalha, Rose e Gracinha.
Arrumam a casa.
Festa de boas vindas.

Corte. Int. Dia. Áries.
Almoço do Domingo.
Preparação para a saída de Tutano recuperado.

Corte. Ext. Tarde. Rua.
Tutano é recebido pelos moradores na comunidade.
Convite de um mano pra fazer uma parada.
Recusa.

Corte. Int. Tarde. Casa.
Comemoração.
Toca o celular de Tutano que não atende.

Corte. Int. Noite. Casa.
Dna. Maravalha lê trecho da Biblia`` o filho pródigo´´.

Corte. Int. Tarde. Casa.
Passagem de tempo.
Visita de Marcus.

Corte. Int. Tarde. Áries.
Tutano visita a Aries.
Depoimento sobre a vida nas drogas e no crime.

Corte. Ext. Noite. laje.
Gracinha, Rose e Tutano conversam.

Corte. Int. Noite. Casa.
Dna. Maravalha chama para o jantar.


Corte. Ext. Manhã. Rua.
Dna. Maravalha, Gracinha, Rose e Tutano vão a igreja. 

Corte. Int. Noite. Casa.
Dna. Maravalha e Gracinha assistem novela.
Preparam a mesa de jantar.

Corte.Ext. Tarde. Campo de Futebol.
Decisão do campeonato de várzea.
Tutano marca golaço.

Corte. Int. Noite. Circo.
Tutano, Rose, Dna. Maravalha e Gracinha vão ao circo.
Show do palhaço Pedra Tãn Tãn.
Show do cantor Claudio Jose.

Corte. Ext. Noite. Laje.
Tutano e Rose fazem planos para o futuro.

Fim...
Este é um esboço.
Um primeiro tratamento.
Espero que o trabalho seja um sucesso.
Al Nascimento.
Verão 2012.

A Vida em Preto e Branco.

Poética.

Lembro-me que quando criança, eu tinha o salutar habito de colecionar figurinhas, me emocionava colar aquelas figurinhas de jogador de futebol sobre aqueles quadradinhos e tinham as carimbadas; então me sentia o campeão. Também tinha as revistas de fotonovelas que minhas irmãs deixavam por sobre os moveis da sala e embora eu ainda não soubesse ler, me encantava ver aquelas fotos dos artistas. O tempo foi passando, eu fui crescendo e também crescia em mim o interesse por imagens em ação; Imaginação. Por volta dos seis anos de idade lembro-me que uma das minhas irmãs me ensinou a fazer cinema de sombras; tinha um lençol estendido no quarto escuro e a luz de velas revelava a silhueta das personagens que ora me assustavam, ora me faziam rir bastante. Então veio a escola, e na escola as aulas de desenho eram as que mais eu gostava, pois me permitia dar formas aos meus pensamentos, minha imaginação colorir aquelas figuras. Então cresci, e me tornei um artista criador, criador de imagens em movimento. É na minha infância onde encontro e busco o substrato das imagens com as quais vou tecendo minha arte; arte da representação.
O homem contemporâneo tem a cada dia aperfeiçoado e desenvolvido sua capacidade de comunicar-se através das imagens. São varias as mídias com as quais nos comunicamos uns com os outros; a palavra falada através das relações pessoais e do radio, a palavra impressa através dos livros, porem, a geração de imagens supera outras mídias, seja por intermédio das revistas, out- door, internet, televisão, imagem pessoal ou mídia primaria, vídeo, cinema.
Tenho pra mim que estaremos contribuindo de forma decisiva no fortalecimento da Aries ao produzirmos este filme curta metragem- audiovisual, tendo como temática a vocação da instituição; recuperação de dependente químico/alcoólico. Colando a realidade numa ficção e possibilitando a todos aqueles que participarem de todo o processo de criação e distribuição, um melhor entendimento e compreensão deste grande mau que aflige nossa sociedade.








Projeto: Romeu e Julieta


A apresentação

O que é?
 O presente objeto tem como especificidade, montagem teatral, a partir da obra de Shakespeare. O texto literário constitui base de motivos geradores da releitura. Dadas as características do público, os equipamentos de cultural simbólica e as técnicas de vanguarda elencadas para produção textual, o processo criativo foi pensado numa interface com a capoeira, dança, teatro produto genuinamente brasileiro que oferece conjunto de meios expressivos de elevada plasticidade. Os atuantes como historia de amor de Romeu e Julieta, clássico da cultura universal, com ritmo, dança teatralização espaço único adereços e objetos únicos resignificados a luz das experiências imediatas. Com mise in cene inédita produto criativo da antropofagia proposta na semana se arte moderna 1922.
            A questão geradora da pesquisa tem raiz no paradoxo; cultura globalizada e vivencias artísticas liberalizadas, como integrar com reforço da identidade? O encantamento da peça seiscentista. O apelo “cultural” que caracteriza as montagens no geral. Capa/escapa, castelo, nobreza representadas nas sessões de galados teatros centrais, elaborados programa de opera, bales disputadíssimas produções trilhardarias de cinema e o teatro comunitário.
            O plano de trabalho prioriza o fundamental do texto. Os motivos de vida reveladores das mascaras sociais encontros humanos na roda de capoeira, a coro, a dama, a mímica, os golpes e mandingas como partitura a serviço da expressividade, fazendo da dança de lustrações de afro descendentes veiculo da ruptura com os tabus sociais e classistas com relação à produção simbólico amor. Amor eterno amor.


Justificativa.

O por quê?
            Em resposta as produções artísticas ordinárias, aos fazeres parvos, a mediocridade criativa e aos lugares comuns, as estratégias di instrumento organizado de planejamento, visa agir com assertividade no domínio artístico teatral. Romeu e Julieta na roda de capoeira é motivo do pela ousadia de unir um clássico nacional e um patrimônio cultural humano.
            A capoeira como adestramento físico, no programa semanal de academias, indica uma vertente da evolução do jogo, dança. Teatralizado tem apelo histórico, melhor se pensado como historicidade do mestiço, forma corporal de subverter o estabelecido de maneira sincretizada e a terceira visa, capoeira como prática simbólica em especifico dança, teatro, visto no conjunto é uma forma espetacular de incorporar a brasilidade temática universais.
            Romeu e Julieta.  Shakespeare, iluminado pelo humanismo, cria o sentido trágico do texto. Os dramaturgos e homens do teatro da atualidade atem-se ao texto lutam contra o texto, o que e fato é a dificuldade em resignificar a história de amor. O romantismo mata o sentido trágico, sem espaço nos ambientes multimídias, representar no teatro é sinônimo de mau gosto. Falta veiculo, ou seja, conjunto de convenções aceitáveis pela assistência e pelos atores. Apresentada como drama de costumes, com teor novelesco e exercício de boa educação taxando e oposseiro, entretenimento.
            Romeu e Julieta na roda de capoeira é pesquisa teatral de vanguarda, com o ator que toca, dança, dramatiza, interpreta, canta, enfim tem recursos criativos para compor, fisicamente o texto. O enriquecedor da montagem é mais que espetáculo como fim em si, é o processo de desenvolvimento do atuante, que adquire “tecnologias” para romper com a decadência do teatro velho e partilhar o teatro vivo.


Objetos:

Para que é?

            O propósito fundamental do plano de trabalho é montar espetáculo teatralizado que uma de integradora a capoeira e a temática proposta por Shakespeare em Romeu e Julieta.
* Assim como outros objetos:

* Formalizar processo de pesquisa teatral inovador de produção simbólica artística teatral;

* Formar atuantes com “técnicos” culturais pertinentes partindo do local para o global;

* Agir no sentido de arte-educação com viés transdisciplinar partindo do conhecimento de mudando atuante e incluindo nos conhecimentos historicamente acumulados pelos seres humanos como transformação cultural;

* Constituir alternativa para a prática paliativa de oficinas com ações que alcancem o médio prazo;

* Protestar em nível de periferia artística, de forma ativa, capacitando artista por meio da formação de elenco capaz de propor projetos a nível regional, estadual, federal e internacional;

* incrementar o patrimônio artístico regional como gerador sustentabilidade pela geração de renda advinda da qualidade artística para receber bem os turistas;

* Incentivar a formação de agentes multiplicadores demonstrando de forma prática que o teatro pode acontecer numa roda de capoeira;

* Comungar com brasileiros e brasileiros o momento ótimo da nação, contribuindo, com serviço social artístico de qualidade em função do bem comum;

* Ter material cultural organizado par intercambiar outras nações;

* Gerar massa critica identitária, resgatando aspectos da cultura popular em processo de decadência por falta de resignificação cultural;

* Dotar o ator criativo para a vida artística indo além do espetáculo com recursos construtivos que permitam atuar, tocar, cantar, dançar, interpretar, dramatizar, usando meios simbólicos pertinentes e pontuais;

* Produzir função teatral democratizadora com reforço da cidadania com rompimento da “quarta parede” do teatro, convencional dos egocentrados chegando onde o povo está e comunicando-se de maneira significativa e relevante;

* Mostrar ao mundo o sentido prático da brasilidade, o potencial criativo e a capacidade produtiva do artista brasileiro nas novas conjecturas mundiais.

Metodologia.

 Como fazer?
            
 Romeu e Julieta teatralizada na roda capoeira, o texto em cordel, será base de ladainhas. As cenas resultam, dança, luta, jogo. O Iniciada com sons de tambores e berimbaus. O oficiante canta a primeira ladainha, comentando o tempo- espaço da dama. Os atuantes de cócoras, em reverência ao tambor e aos berimbaus, e aos antepassados, revivendo a origem da capoeira, louvor a liberdade, permitindo passar pelo corpo expressões criadas a partir dos instrumentos de trabalho e movimento dos animais.
            A temática da montagem é personificada pela divisão dos atuantes em dois grupos: Montechios e Capuletos, o confronto de famílias é posto como jogo do Maculele. As mudanças do quadros um cenas é feita com chamada do oficiante, que comenta encantando, e leitura o jogo expressivo. A entrada na roda funciona como apresentação da integra, jogo de Angola.
            O conflito exposto como baile de mascaras, posto como samba de roda evidenciando pela caracterização mínima araras fazem a vez de coxias abertas. Romeu e Julieta cantam em dueto expondo o amor nascente.
            O coro apoio as ações. Fazendo dos atuantes. O ritmo e situação de jogar capoeira vão sendo preenchido pela dramaturgia. Aparecem fisicamente os impedimentos do amor pai e mãe. Anna Frei. Frei Damião entra a cima. Os diálogos entra com Romeu no colo simultaneamente entra a cima. Os diálogos entre espaços diferentes até que o casamento em segredo aconteça. Do coro sai pai ameaçador, a amor a mãe egoísta, ama a leviana. Sem base opta por Romeu. Romeu grita por Julieta. A força do destino. O coro cantando comenta. Entra o Frei com a dogma conjuntamente com o punhal. Romeu encontra com o Boticário, compra veneno. Coro comenta incrementando o desenlace.
            O sono da morte aparente. A ama veste a morta e coro forma a procissão do enterro. No cemitério Romeu envenena-se Julieta disputa e mata-se requerer de coro. Estátua. Samba de roda diante da estátua de Romeu e Julieta (samba de roda e assunto duro, triste objetiva enganar o senhor) chamando dos berimbaus e jogo geral.


 
Fluxograma de ações

Mês
Ação
Desenvolvimento
Resultado
1- Terças 19:00 às 22:30, Quintas 12:00 às 22:30
Formação elenco
-Demonstração trabalho.
- Apresentação projeto
Seleção de elenco
2- Terças 19:00 às 22:30, Quintas 12:00 às 22:30
-trabalho corpo/voz
-Capoeira
-Seminários
-Pesquisas
Sensibilização
-Preparação do atuante Shakespeare vida e obra.
Preparo artístico físico emocional
e intelectual do ator
3- Terças 19:00 às 22:30, Quintas 12:00 às 22:30
Improvisação
Preparação do ator capoeira
Preparo cultural do atuante no sentido simbólico
4- Terças 19:00 às 22:30, Quintas 12:00 às 22:30
Composição
Romeu e Julieta
X
Capoeira
Constructo básico da montagem.
5- Terças 19:00 às 22:30, Quintas 12:00 às 22:30
Partiturização
Ladainhas
Constructo básico da montagem.
6- Terças 19:00 às 22:30, Quintas 12:00 às 22:30
Afinação
Música X roda
Limpeza de gestos
7- Terças 19:00 às 22:30, Quintas 12:00 às 22:30
Ensaio aberto
Jogo cênico
Plasticidade
8- Terças 19:00 às 22:30, Quintas 12:00 às 22:30
Ensaio aberto
Jogo cênico
Poético
9- Terças 19:00 às 22:30, Quintas 12:00 às 22:30
Ensaio Geral
Ensaio geral
Ensaio Geral

 
Orçamento

Algodão cru- 40 m
Seda artificial- azul, amarelo, vermelho – 10 m
Lesse – 12 m
Couro cru – 10 kg
Araras- artesão- marceneiro- 4
Veste masculino- calça algodão cru e lata- ensaio apresentação- 3 pares
Veste do Freio – Habito terroso
Veste da mãe- manto azul
Veste do pai – manto azul
Veste ama – echarpe
Veste do boticário- pelos couros e botas de animais embalsamados, cabaças sementes e maços de ervas secas.
Veste Julieta- canga verde, mortalha branca.
Veste Romeu lenço pescoço vermelho
A confecção é trabalho de ator
10 berimbaus
10 caxixis
03 tambores
04 Pandeiros
20 fações
Ajuda/custo ator/atriz (lanche/ transporte)
Produção/ 3 pessoas
Músicas/ 3 pessoas
Preparador de elenco
Direção/ assistentes
Contrapartida: 10 apresentações em escalas
30 apresentações públicas- gratuitamente descentralização de ações, atendimento de público variável, produção de baixo custo, espetáculo “valise”, participação em eventos, horários e dias alternativos assim como espaços: exemplo – ponto de embarque da população, festas distintas.
            

 



Projeto Social.


 

PLANO DE TRABALHO



1- DADOS CADASTRAIS

Órgão / Entidade Proponente

CNPJ

Endereço

Cidade
UF

CEP
DDD / Telefone

E.A.

Conta Corrente

Banco
                           
Agência

Praça de pagamento

Nome do Responsável

CPF
CI / Órgão Exp.

Cargo

Função

Matrícula

Endereço

CEP

Responsável técnico do projeto
   e-mail-
Tel.





2 – DESCRIÇÕES DO PROJETO
RrEE




TITULO DO PROJETO:
VIAGEM AO CENTRO DO CIRCULO

Período de Execução

Início
ABR 2012
Término
OUT 2012
IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO:

         O Projeto se desenvolve no sentido de promover a inclusão social dos assentados no Terra Vista (Arataca-BA), usando como ponto de partida a conquista do sentimento de auto-estima dos indivíduos que ali se encontram por meio de ações culturais, que envolva desde expressão corporal; formação de valores cidadãos, éticos e morais até o desenvolvimento do gosto pela leitura e pela escrita, fomentando no grupo o pensar poético envolvendo a escrita de cordéis.
       
              

IDENTIFICAÇÀO DO OBJETO:


            No sentido de integração desses indivíduos assentados quanto cidadão será trabalhado:
                
  - Expressão corporal com aulas e oficinas de Capoeira, que permite a integração a 
     Desinibição e a postura em grupo;

  - Introdução ao teatro com temas voltados ao Ser Cidadão, Proteção Ambiental e Proteção
     Cultural Local;

  - Cordel com aulas e oficinas que promoverão desde a história cordelista, a motivação pela leitura e escrita, como também a emotividade do pensar poético.

  - Contação de História com aulas e oficinas desenvolvidas dentro das técnicas Griot, que promove a transmissão oral, fomentando o desenvolvimento cognitivo, os valores morais e éticos envolvendo a saga do movimento sem terra.

CONTEXTUALIZAÇÀO DA PROPOSIÇÃO

          A preocupação com a inclusão social nas comunidades assentadas é cada vez mais freqüente nos dias atuais. A importância de incluir o indivíduo que ali se encontra, a todo um universo sociocultural existente fora das demarcações de terra a eles concedidas, trás feitos significativos em todos os sentidos, em especial no valor de pertencimento à causa da terra, na compreensão do seu valor dentro do contexto social. A conquista da auto estima destes indivíduos faz com que se aceite, que estabeleça contatos estreitos e ufânicos por sua cultura, podendo assim fazer parte de um universo de construção do lazer e da cidadania.
A relevância destas ideologias envolvendo indivíduos assentados, não é tarefa fácil; para se estruturar atividades que possam envolvê-lo e até mesmo encantá-lo requer habilidade e bastante estudo.  Nesse sentido, os organizadores não se restringiram exclusivamente à busca por lucro, mas sim, ao futuro das comunidades envolvidas, onde as constantes transformações dos territórios exigem um planejamento em busca da sustentabilidade dessas localidades, que inquietam continuamente os envolvidos, rompendo sempre as fronteiras econômicas, exigindo revisão de conceitos e atitudes dentro do contexto social.
Ao se refletir sobre as considerações supracitadas, percebe-se que raramente se discute sobre o verdadeiro olhar do assentado para as atividades culturais. E nesse entendimento foi que se percebeu que somente a atividade cultural poderia trazer a esse homem assentado o entendimento sobre a importância da cidadania, promover sua auto-estima e consecutivamente incluí-lo ao universo social.
           Para desenvolver estas atividades, desenvolveu-se esse projeto com intuito de contratar o grupo cultural CENTRO DO CIRCULO, que promoverá ações Expressão corporal com aulas e oficinas de Capoeira; Teatro com temas voltados ao Ser Cidadão, Proteção Ambiental e Proteção Cultural Local; Cordel com aulas e oficinas que promoverão a motivação a leitura e escrita, como também a emotividade do pensar poético. No propósito estabelecido para as oficinas de Contação de histórias, o intuito é o resgate da tradição oral, fundamentada na técnica de Griot, procurando assim, transmitir valores éticos, estéticos e dialéticos contido no cotidiano de lutas e conquistas pela terra e nas perdas e danos causados pela desigualdade social.   
Nessa intenção o projeto projeta para proporcionar os primeiros passos para fazer do Assentamento Terra Vista (Arataca-BA), uma comunidade conhecedora de seus direitos e deveres, promovendo assim a inclusão social.

JUSTIFICATIVA DA PROPOSIÇÃO:

A importância do projeto se estabelece quando procura promover ações que venham desenvolver a inclusão social buscando para tal desenvolver o sentimento de pertencimento cultural e espacial nos assentados do Terra Vista. A proposta de promover a condução de estímulos utilizando um grupo cultural, no qual se desenvolverá os propósitos por meio de Teatro, Capoeira, Cordel e Contação de História, é de relevada prospecção, pois virá fomentar o encantamento do grupo e consecutivamente um entendimento maior das propostas elencadas no projeto. 
 Para fortalecer a relevância dessa proposta, destaca-se Gonçalves (2009) discute a questão do desenvolvimento das economias em bases assentadas, que demonstra à importância de se trabalhar a inclusão social na ótica do sítio simbólico de pertencimento, propondo uma diversidade de caminhos para os autores sociais organizarem e dirigirem seus próprios destinos, respeitando a diversidade cultural, o que se evidencia a auto-estima dos indivíduos, promovendo o fortalecimento local, as estratégias de planejamento e conseqüentemente os mecanismos de sustentabilidade.
No contexto das ações que envolvem as atividades dos assentados, pode-se dizer que a cultura está fortemente condicionada no dia-a-dia da atividade, só que não é percebida nem evidenciada. As questões culturais devem ser dimensionadas nesses assentamentos a fim de fomentar a conquista do encantamento das atividades ligadas aos valores culturais, intensificando orgulhosamente os valores pessoais e locais.
Para melhor destacar a relevância desse projeto, ressalta-se o poder do teatro com seu lado lúdico, que promoverá nos indivíduos ali assentados uma maior interatividade com as questões de cidadania; ambientais e culturais. O Cordel com sua mobilidade estrutural, onde a escrita parece brincar com os leitores, proporcionará o interesse pela leitura e também pela escrita.
No que tange a proposta do grupo de capoeira, a meta é promover por meio das atividades elaboradas, a convivência em grupo, a postura do indivíduo frente a atividades sociais e enfim a expressão corporal envolvendo os exercícios praticados na atividade, no intuito de criar na rotina do individuo, num espaço onde ele possa estar consigo mesmo. É importante salientar que dentro do universo da capoeira, o indivíduo estará participando da construção de um ambiente harmonioso de competitividade, através do jogo, canto e construção dos instrumentos percussivos.
No espaço reservado para o exercício da Contação de História, espera-se possibilitar ao educando o resgate de seus valores éticos e morais, no qual a luta pela terra, seja um eixo principal dos fatos, numa constante rememoração dos diversos episódios vividos pelos diversos grupos sem terra do Brasil, como também os episódios dos assentados no Terra Vista.
Neste contexto o projeto se estabelece como instrumento de significativa relevância para a inclusão social dos indivíduos do Assentamento Terra Vista em Arataca - Bahia











PLANO DE TRABALHO




4 – CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO






METAS

Descrição das Atividades


Produto
Período de Execução
Início
Término

1



Elaboração do projeto

   Projeto de Inclusão social


  

 
       2

Desenvolver atividades teatrais, por meio de oficinas e apresentações realizadas com autores (Currículos Anexo), com propostas de cidadania; ambientais e culturais, por um período de 4h semanais.

Relatórios mensais destacando o desenvolvimento do grupo nas propostas apresentadas e finalizando uma apresentação do grupo no Teatro Municipal de Ilhéus.


  

   

      3

Desenvolver atividades de Capoeira, por meio de oficinas com profissionais (Currículos Anexo), desenvolvendo a convivência em grupo a postura do indivíduo frente a atividades sociais e enfim a expressão corporal envolvendo os exercícios praticados na atividade, por um período de 4h semanais.

Relatórios mensais destacando o desenvolvimento do grupo nas propostas apresentadas e a finalização com o Batizado dos novos capoeiristas do Assentamento Terra Vista


   

   

      4

Desenvolver atividades de Cordel com acompanhamento de uma instrutora cordelista (Currículos Anexo), por meio de aulas e oficinas, por um período de 4h semanais.
Relatórios mensais destacando o desenvolvimento do grupo nas propostas apresentadas e a finalização a apresentação dos trabalhos produzidos pelos cordelistas do Assentamento Terra Vista.

   

   

     5

Desenvolver atividades de Contação de histórias com acompanhamento de um interlocutor (Currículos Anexo), por meio de aulas e oficinas, por um período de 4h semanais.
Relatórios mensais destacando o desenvolvimento do grupo nas propostas apresentadas e a finalização a apresentação Escrita dos trabalhos produzidos.

   

   

     6


Finalização do Projeto

Relatórios e prestação de contas

   

   



























5 – PLANILHA DE CUSTOS
NATUREZA DA DESPESA

Quantidade

   Medida

    Unitário

Total
ITEM
ESPECIFICAÇÃO


Assessoria técnica

Profissional que desenvolva a execução, acompanhamento, desenvolvimento orçamentário e prestação de contas do Projeto

   
60


   Horas



R$ 50,00


R$ 3.000,00

Gestor do Projeto



Profissional que estruture todas as atividades a serem elaboradas no projeto. Ações que envolvam contratações, demissões e articulações junto às necessidades diárias para a perfeita realização do projeto.



300


 
        Horas


  
  R$ 20,00



R$ 6.000,00

 Folha de pagamento aos Profissionais de atuação no Projeto.



Pagamento de: diárias, cachês e hora aula aos que prestarão seus serviços para a perfeita realização do projeto.



06/576


Pessoas/ Horas


R$ 26,66


R$15.360,00

Hospedagem
Pagamento de Hospedagem para os profissionais que prestarão serviços ao projeto.

     100

 Hospedagem

   13,30

  1.330,00

Passagem


Pagamento de passagens para os profissionais que prestarão serviços ao projeto.


      320


Passagens


R$10,50
  

R$ 3.360,00 

 Iluminação Cênica

Pagamentos a serviços de iluminação dos palcos.

10

Ponto de Luz

R$ 4,20

R$ 420,00
Som
Pagamentos a serviços de iluminação dos palcos.

10

 Som

 R$ 5,30

R$ 530,00

TOTAL GERAL





30.000,00




















PLANO DE TRABALHO

FOLHA





6 – CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO (R$ 1,00)
CONCEDENTE EXERCÍCIO 2012 /
Meta
1º Mês
2º Mês
3º Mês
4º Mês
5º Mês
6º Mês

1.0

R$10.010,00

R$ 7.010,00

R$ 4.010,00

  R$ 4.220,00

R$ 4.220,00

530,00










 


7 – RESPONSABILIDADE









                                                                                          
                                                                          Responsável pelo Projeto
                     
                                                                                                

 

                                                                                                     


 S






  ___________________________________________

                              LOCAL E DATA                                                                                  PROPONENTE


8 – APROVAÇÃO PELA CONCEDENTE



APROVADO                        LOCAL E DATA                                                                           CONCEDENTE 



ANEXOS


VIAGEM AO CENTRO DO CIRCULO
OFICINA DE CIDADANIA

CURSO: Teatro Cidadão

DISCIPLINA: Introdução ao Turismo Rural            2012

C. H. Semanais: 04 h                                     C. H. TOTAL: 96 h
PROFESSOR:

PLANO DE CURSO


Ementa:
Desenvolver por meio de atividades teatrais a percepção de jovens e adolescentes, sobre os valores de cidadania, a importância da proteção ambiental e cultural de sua comunidade, visando o desenvolvimento territorial sustentável.



Objetivos:

Desenvolver por meio do teatro como os jovens e adolescentes assentados estão inseridos no

 Tocante aos aspectos:

-       Social
-       Ambiental
-       Ético/Moral
-       Econômico/Financeiro
-       Gestor
-       Legal


Procedimentos Metodológicos e Recursos Didáticos

-       Oficinas de Teatro

-       Apresentações de textos adaptados à realidade

 



Público Alvo

      - Jovens e Adolescentes.



Avaliação

      - Atividade teatral diária e periódica




Conteúdo Programático / Programa Analítico:

 

CAPITULO I – O UNIVERSO SOCIAL E O HOMEM


1.1  .O HOMEM
1.1.1                           História da humanidade através do tempo.
1.1.2                            O homem e sua evolução social
1.1.3                            O homem e sua evolução quanto pessoa
1.1.4                           O homem quanto ser econômico e financeiro
1.1.5                           O homem como gestor de atividades diversas

                      1.2 O HOMEM NO CONTEXTO NATURAL
                         1.2.1. A vida em ambiente natural
             1.2.2. O respeito pelo Meio Ambiente
                         1.2.3.  O desequilíbrio ecológico
                         1.2.4.  A sustentabilidade.


CAPÍTULO II - ESPECIFIDADE DE SER CIDADADÃO


2.1  ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA SE TORNAR UM CIDADÃO
2.1.1                             Documentação
2.1.2                             Acesso a Saúde
2.1.3                             Acesso a Educação
2.1.4                             Atitudes Ético/Morais
2.1.5                             Acesso ao Lazer
2.1.6                             Compreensão do que é legal e/ou Ilegal
2.1.7                             Definição da Qualificação Profissional
2.1.8                             Conhecimento da proposta de profissional escolhida
2.1.9                             Traçar Objetivos para conquista de suas Habilidades
            2.1.9     Qualificação Profissional
                                                     2.1.10 Diretrizes para o seu Desenvolvimento pessoal.


CAPÍTULO II CAPÍTULO III - A CULTURA NO COTIDIANO HUMANO


3.1  UM OLHAR PARA CULTURA
                            3.1.1     Conhecendo o que é cultura
                            3.1.2      Como vivemos nossos traços culturais  
                            3.1.3      A importância da preservação da cultura material e imaterial
                            3.1.4      A importância do resgate da cultura local.
                                             3.1.5      A cultura e suas dimensões na vida do cidadão.
                                                                    




 

ESTRATÉGIAS DE ENSINO

- Oficinas de Teatro: tratando dos temas que darão suporte a disciplina;




   REFERÊNCIAS 
-          
BÁSICA:   
   
 ARAUJO, Hilton Carlos de. Educação Através do Teatro. Rio de Janeiro: Editex. 1974
BOSI, Alfredo. O Ser e o Tempo da Poesia. São Paulo: Cultrix, 1983.
DEBRAY, Regis. Vida e Morte da Imagem. Uma história do Olhar no Ocidente. Petrópolis: Vozes, 1993.
DEWEY, John. Reconstrução em Filosofia. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1959.
____________. Democracia e Educação. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1959.
____________. Como Pensamos. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1959.
HABERMAS, Jorgen. O Discurso Filosófico da Modernidade. Lisboa: Dom Quixote, 1990.
KOUDELA, Ingrid Dormiten. Jogos Teatrais. São Paulo: Perspectiva. 1990
SOUZA, Laura de Mello. Uma Historiografia do Cotidiano In Revista História Cotidiano e Mentalidades. São Paulo: Atual, 1995.
COMPLEMENTAR

 GONÇALVES, Eurico. A Arte Descobre a Criança. Lisboa: Raiz Editora, 1991.


 


                                                                                                                                             
            Assinatura do Professor                           Assinatura do Coordenador do Curso



VIAGEM AO CENTRO DO CIRCULO
OFICINA DE CIDADANIA

CURSO: Teatro Cidadão

DISCIPLINA: Introdução a atividade de Cordel            2012

C. H. Semanais: 04 h                                     C. H. TOTAL: 96 h
PROFESSOR:

PLANO DE CURSO


Ementa:
Desenvolver por meio de atividades de Cordel a percepção de jovens e adolescentes, a motivação pela leitura e escrita, como também a emotividade do pensar poético.



Objetivos:

Desenvolver por meio do cordel como os jovens e adolescentes assentados estão inseridos no

 Tocante aos aspectos:

-       Social
-       Ambiental
-       Ético/Moral


Procedimentos Metodológicos e Recursos Didáticos

-       Oficinas de elaboração de cordéis

-       Apresentação dos trabalhos produzidos.

 



Público Alvo

      - Jovens e Adolescentes.



Avaliação

      - Atividades de cordéis diária e periódicas




Conteúdo Programático / Programa Analítico:

                           

                                                           EXEMPLO

 

CAPÍTULO I –


1.2  .O HOMEM
1.2.1                                          
1.2.2                                          

                      1.2 O HOMEM NO CONTEXTO NATURAL
                         1.2.1.
             1.2.2.
                         1.2.3. 
                         1.2.4. 


CAPÍTULO II - ESPECIFIDADE DE SER CIDADADÃO


2.2  ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA SE TORNAR UM CIDADÃO
2.2.1                                         
2.2.2                                         


CAPÍTULO II CAPÍTULO III - A CULTURA NO COTIDIANO HUMANO


3.2  UM OLHAR PARA CULTURA
                            3.1.1    
                            3.1.2     
                            3.1.3     
                            3.1.4     
                                             3.1.5     
                                                                   




 


ESTRATÉGIAS DE ENSINO

- Oficinas de Atividades Cordelistas: tratando dos temas que darão suporte a disciplina;





   REFERÊNCIAS 
-          
BÁSICA:   
   



COMPLEMENTAR



 


                                                                                                                                             

            Assinatura do Professor                           Assinatura do Coordenador do Curso








VIAGEM AO CENTRO DO CIRCULO
OFICINA DE CIDADANIA

CURSO: Teatro Cidadão

DISCIPLINA: iniciação a Capoeira            2012

C. H. Semanais: 04 h                                     C. H. TOTAL: 96 h
PROFESSOR: _____________-

PLANO DE CURSO


Ementa:
Desenvolver em jovens e adolescentes as técnicas de Capoeira o desenvolvimento da convivência em grupo, a postura do indivíduo frente a atividades sociais e enfim a expressão corporal envolvendo os exercícios praticados na atividade, no intuito de criar na rotina do individuo, no espaço social em que vive.



Objetivos:

Desenvolver por meio da capoeira como os jovens e adolescentes assentados estão inseridos no

 Tocante aos aspectos:

-       Social
-       Físico
-       Saúde
-       Educacional

Procedimentos Metodológicos e Recursos Didáticos

-       Oficinas com rodas de capoeira



 



Público Alvo

      - Jovens e Adolescentes.



Avaliação

      - Atividades periódicas





Conteúdo Programático / Programa Analítico:

                           

                                                           EXEMPLO

 

CAPÍTULO I –


1.3  .O HOMEM
1.3.1                                          
1.3.2                                          

                      1.2 O HOMEM NO CONTEXTO NATURAL
                         1.2.1.
             1.2.2.
                         1.2.3. 
                         1.2.4. 


CAPÍTULO II - ESPECIFIDADE DE SER CIDADADÃO


2.3  ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA SE TORNAR UM CIDADÃO
2.3.1                                         
2.3.2                                         


CAPÍTULO II CAPÍTULO III - A CULTURA NO COTIDIANO HUMANO


3.3  UM OLHAR PARA CULTURA
                            3.1.1    
                            3.1.2     
                            3.1.3     
                            3.1.4     
                                             3.1.5     
                                                                   




 


ESTRATÉGIAS DE ENSINO

- Oficinas de Atividades Cordelistas: tratando dos temas que darão suporte a disciplina;





   REFERÊNCIAS 
-          
BÁSICA:   
   



COMPLEMENTAR




Brasil, .... de .... 2012.


                                                                                                                                             
            Assinatura do Professor                           Assinatura do Coordenador do Curso



VIAGEM AO CENTRO DO CIRCULO
OFICINA DE CIDADANIA

CURSO: Teatro Cidadão

DISCIPLINA: Contação de Histórias            2012

C. H. Semanais: 04 h                                     C. H. TOTAL: 96 h
PROFESSOR: _____________

PLANO DE CURSO


Ementa:
Desenvolver em jovens e adolescentes, por meio das técnicas Griot, que promove a transmissão oral, Historias Contadas, a motivação para o desenvolvimento cognitivo, os valores morais e éticos e como também pela saga do movimento Sem Terra no Brasil e em sua comunidade, promovendo a iniciação cidadã.



Objetivos:

Desenvolver por meio do contação de Histórias com os jovens e adolescentes assentados a

Percepção deles no tocante aos aspectos:

-       Social
-       Político
-       Econômico
-       Legal


Procedimentos Metodológicos e Recursos Didáticos

-       Oficinas com rodas de Causos

-       Relatórios das Histórias produzidas pelos Alunos.

 



Público Alvo

      - Jovens e Adolescentes.



Avaliação

      - Atividade diária e periódica



Conteúdo Programático / Programa Analítico:

                           

                                                           EXEMPLO

 

CAPÍTULO I –


1.4  .O HOMEM
1.4.1                                          
1.4.2                                          

                      1.2 O HOMEM NO CONTEXTO NATURAL
                         1.2.1.
             1.2.2.
                         1.2.3. 
                         1.2.4. 


CAPÍTULO II - ESPECIFIDADE DE SER CIDADADÃO


2.4  ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA SE TORNAR UM CIDADÃO
2.4.1                                         
2.4.2                                         


CAPÍTULO II CAPÍTULO III - A CULTURA NO COTIDIANO HUMANO


3.4  UM OLHAR PARA CULTURA
                            3.1.1    
                            3.1.2     
                            3.1.3     
                            3.1.4     
                                             3.1.5     
                                                                   




 


ESTRATÉGIAS DE ENSINO

- Oficinas de Atividades Cordelistas: tratando dos temas que darão suporte a disciplina;





   REFERÊNCIAS 
-          
BÁSICA:   
   



COMPLEMENTAR




 


                                                                                                                                             
            Assinatura do Professor                           Assinatura do Coordenador do Curso




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